“Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos”

 

O que nos interessa aqui, para seguirmos em frente em busca de nosso equilíbrio e sobriedade, é podermos contar com um Deus na forma como O concebemos. E podemos buscá-Lo seja qual for a nossa crença. Ele está dentro de nós, brilhando, flamejando em nosso peito.

Eu preciso buscá-Lo. Deixar minhas ideias pré-estabelecidas de lado e manter a mente aberta. Não é preciso ser religioso para entregar a vida aos cuidados de Deus. Posso ser espiritualista, e não ser religioso. Acho simples dizer que tudo que não é material é espiritual. 

Perguntaram a um velho marinheiro o que é o vento, e ele respondeu: “Não sei, mas sei como usá-lo, e o faço do meu jeito. E o vento sopra para todos”. Veja que, como o espírito, o vento é percebido e utilizado de formas diferentes pelas pessoas.
 

Lembro a frase que Jung usou na famosa carta a Bill Wilson: “The helpful formula therefor, is: spiritus contra spiritum” (em tradução livre: “A fórmula útil, portanto, é: o espiritual contra o álcool”). Vento também tem suas raízes no mesmo verbo latino spirare, de respirar, soprar. Coisas de elemento misterioso ou místico dependem da interpretação de cada pessoa.