CODEPENDÊNCIA: O que é?
- Stella Rebecchi

- 10 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de jun.

A codependência é um transtorno emocional de quem convive com pessoas dependentes químicas ou com outras dependências (de sexo, jogos, compras, exercício físicos, comida, celular, e muitas outras). O convívio com quem tem transtorno de personalidade também pode gerar codependência, uma condição que afeta o bem-estar emocional, físico e profissional de milhares de pessoas, pais, irmãos, cônjuges, amigos, namorados…
Quem é codependente abdica da própria vida porque tem certeza de que sua missão é salvar o outro, que precisa ajudar a pessoa com dependência a qualquer custo. Trata-se de uma atitude patológica, visto que não resulta na melhora de nenhuma das partes e, ainda, leva o codependente a adoecer.
A codependência também pode ser emocional, na relação com uma pessoa sem qualquer dependência ou transtorno. Tudo gira em torno dos desejos do outro e o codependente não consegue viver a própria vida e os próprios interesses, sofrendo bastante com isso.
Algumas características de uma pessoa codependente são:
- Baixa autoestima;
- Dificuldade em tomar decisões;
- Sentimento de culpa;
- Sentimento de raiva;
- Vergonha e dificuldade em pedir ajuda;
- Dificuldade em receber elogios.
Já os riscos enfrentados por pessoas que estão em contato direto com o dependente químico são:
- Alteração de planos e rotinas em função do cuidado com o adicto;
- Preocupação excessiva, controle, procura por evidências de uso de substâncias;
- Sentimento de culpa por não ter conseguido exercer seu papel de provedor, educador, cuidador;- Maior tendência à depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.
“Admitir que a vida se tornou incontrolável e que se é impotente perante o alcoolismo” (ou perante meu adicto ou compulsivo, viciado etc) é o Primeiro Passo do Al-Anon, associação de parentes e amigos de alcoólicos que compartilham experiências para solucionar os problemas que têm em comum. Ou seja, o primeiro passo para tratar a codependência é assumir essa condição, senão fica difícil conseguir enxergar os riscos que a relação de codominância representa para si e para o outro.
Também é preciso buscar apoio psicoterapêutico urgente, o que vai ajudar a colocar em prática essas novas atitudes:
- Tentar evitar controlar a vida de seu adicto;
- Ter paciência, calma, controlar a raiva, buscar compaixão;
- Priorizar e não abrir mão de sua rotina, seu trabalho, seus estudos;
- Prestar muita atenção em seu lado emocional e controlar o estresse excessivo e a ansiedade;
- Reorganizar a rotina, otimizar o tempo com atividades agradáveis;
- Evitar ficar à disposição do dependente;
- Minimizar o complexo de culpa e pensar positivamente.
Além do Al-Anon, há os grupos de familiares do Nar-Anon, da Associação Alcoolismo Feminino (AAF) e outros tantos de apoio que podem ser encontrados na internet e pessoalmente.
Procure ajuda. Você é a pessoa mais importante da sua vida.




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